domingo, 21 de agosto de 2011

Escolhas

Hoje foi um dia de emoções fortes, revelações e decisões importantes. Comecei por ver um programa de televisão que foi para mim imensamente inspirador, e que tinha a ver com dar graças, saber agradecer. Fez-me chorar, mas revolveu-me, impulsionou-me a tomar decisões importantes. 

Curiosamente, do mesmo país de onde me chegou essa inspiração, têm-me chegado informações revoltantes, mas que também têm tido o condão de me fazer reflectir imenso sobre as nossas escolhas (neste caso, alimentares).

Nos últimos dias, tenho estado a ler (compulsivamente) este livro:

Quem me falou dele foi a Rute, que o tinha emprestado à Lina, que mo enviou pelo correio. Mais uma partilha salutar.

A leitura deste livro tem sido para mim um autêntico despertar. Apesar de me considerar uma pessoa atenta e informada, ao ler este livro, senti-me a mais profunda ignorante, pois desconhecia grande parte das práticas bárbaras de criação e abate dos animais que nós comemos. Um verdadeiro horror!
O livro relata as práticas correntes nos EUA, não sei até que ponto a situação na Europa será diferente. Espero que o seja, até porque os autores referem diversas vezes ao longo do livro o facto de a União Europeia ter regras mais rígidas acerca da criação e abate de animais para consumo humano. Só espero que essas regras sejam cumpridas por aqui.



Voltarei a falar deste livro, aliás penso que falarei até bastante dele e das situações que ele narra, quando terminar a leitura.

Mas, hoje, embora nem sempre concorde,  fui obrigada a dar razão ao ditado "uma imagem vale por mil palavras". Para mim as palavras costumam até contar mais, e se já estava impressionada e horrorizada com as práticas descritas no livro, posso dizer que assistir a este filme, onde se podem ver na prática muitas das situações narradas, é sem sombra de dúvidas das coisas mais horríveis, chocantes e revoltantes a que já assisti na vida. Que gente é esta? Quem são os donos destas "quintas industriais"? O que é que esta gente fez da criação de gado de há umas décadas atrás? Que país é este? Por que leis se regem estas "pessoas"? As perguntas não têm fim, nem resposta...
As imagens que este filme mostra são altamente chocantes e perturbadoras, para qualquer pessoa com um mínimo de sensibilidade. E isto não é a excepção, mas a regra. Da primeira vez que comecei a ver o filme, nem sequer fui capaz de o ver até ao fim, acho que nem metade. Tive que parar, não queria acreditar no que estava a ver. Nunca vi tamanha crueldade, barbaridade, sei lá que palavras hei-de empregar!
Hoje fico-me por aqui. Se tiver coragem, veja o filme. Se puder, faça alguma coisa. E sim, cada um de nós pode fazer alguma coisa.

6 comentários:

Ivani disse...

Olá Claudia, não vi o filme.
Sinto muito, mas não suporto ver cenas de dor.
Principalmente contra animais indefesos. Sou totalmente contra e tenho muita pena.
Você tem toda razão, minha amiga, precisamos fazer alguma coisa.
Se todos fizerem sua parte alguma coisa boa há de vir.
Vou tentar passar à frente essa idéia (aliás já exitem grupos fazendo isso).
Beijos querida, tenha uma ótima semana.

Isabel disse...

O livro parece ser muito interessante. A produção industrial de carne ganha contornos terríveis nos Estados Unidos onde o lucro fala sempre mais alto. Este é um dos lados do capitalismo selvagem que todos devemos combater, a começar por comer menos carne e a certificarmo-nos de que a carne que comemos vem de explorações com práticas civilizadas.
Hoje não tive coragem para ver o vídeo, talvez outro dia.

Beth/Lilás disse...

Oi, Claudia!
Pois eu já o conhecia, inclusive o vídeo, e depois deles não há como continuar a consumir certas coisas neste mundo.
Ainda não consegui largar a carne,seja qual for, mas já diminui consideravelmente e hoje mihas refeições são bem mais de grãos e legumes.
beijão carioca

Gina disse...

Não consegui passar de segundos vendo esse vídeo...

Cláudia Marques disse...

Minhas caras, compreendo a vossa posição. Eu também não consegui ver (e ouvir!)o vídeo, na primeira tentativa. Mas aqui colocam-se duas questões: não se trata apenas de conseguir ultrapassar a etapa de ser capaz de ver o filme, é preciso sobretudo estar preparado para, depois de o ver e de tomar consciência de como as coisas se passam, não se voltar a ser a mesma pessoa.
Eu só posso falar por mim. Apesar do imenso sofrimento que me causou, estou satisfeita por ele me ter ajudado a fazer as minhas escolhas de forma muito mais consciente.
Bjs

Calu Barros disse...

Claudia não ousei ver o filme, mas creio piamente na tua declaração.Há muito que apenas ouvi dizer a respeito da crueldade nos abates e isso muito me afligiu.Há uns bons anos que modero bastante o consumo de carne na alimentação, mas não pude retirar de todo, pois a família não aceitaria.Assim, vou aos poucos, mudando os hábitos deles.
Acho uma boa idéia continuarmos a disseminar a reflexão acerca do fato e sugerir a mudança de hábitos.
A união fará a pressão nos comandos dessa prática cruel.
Bjos,
Calu